Detesto o dia de Finados. Ñão me diz absolutamente nada. Nâo me sinto obrigada a ir ao cemitério pôr flores, só porque assim foi instituido.
Tenho a certeza de que o meu irmão prefere que eu celebre a vida. A vida que ele teve. A vida que tivemos juntos. Esta é a lembrança mais antiga que tenho de "nós". Eu com 4, ele com 3. Os dois de sandalinha igual. Ele de calção eu de tótós.
Foi um dia de correria e brincadeira . Os dois queriamos a bola, que nos tinha sido oferecida nesse dia. Uma guerra entre irmãos que durou durante a meninice e a adolescência, saudavelmente, e que acabou por dar lugar à cumplicidade.
É esta a minha maneira de enfrentar este dia. Algures dentro de mim, existe uma menina. Uma menina que ainda tem o irmão.
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