quinta-feira, 10 de março de 2011

Com alegria..


Achava-lhes graça...agora sou fã. Numa entrevista , Jel afirmou que as manifestações e protestos só valem a pena, se forem positivos, pacificos. Que quando sáo feitos com raiva e ódio só podem trazer coisas más. Que só vale a pena quando é feito com alegria. Fantástico.

Quanto á canção, haverá alguma que represente melhor o que este país é nesta altura? Duvido, e daquilo que vi, que foi pouco, a desgraça era muita. Boa viagem e pelo menos desta vez sabemos que vai estar muita gente a ver o Festival e a rir-se. É tudo o que precisamos.

Tricot à deriva


E daqui...

Está a sair isto. Fica super macio, mas sinceramente não me vejo com uma coisa destas so pescoço, e como é super macio, já estou a engendrar outra utilização. Vamos ver...

domingo, 6 de março de 2011

Voz de Carnaval

Hoje vou ter a casa cheia. Tinha a cabeça cheia de planos de coisas para fazer e népia. Vai ser a tarde toda  na cozinha e o filhote vai aparecer a pedir ajuda para a máscara do dia, claro. Estes preparativos levaram-me ao passado e trouxeram-me memórias de juventude. Aqui na terra as tradições de Carnaval são muito acesas. A terra desperta nesses dias e não se pode sair à rua de tanta gente a brincar, a ouvir a musica ambiente nas ruas, a ver os corsos. Fica realmente diferente.

Mas nem sempre foi assim. O Carnaval era famoso na Associação Recreativa cá da terra, onde para se entrar era preciso ser sócio, e onde só se conseguia dançar ao encontrão de tanta gente que estava sempre na sala, nas escadas, nos corredores. Era impressionante!
Eu costumo dizer que a minha vida tem banda sonora. E tem mesmo . Cosigo ligar os acontecimentos na minha vida cada um à sua musica, mas para mim o Carnaval tem acima de tudo uma voz. Esta:


Durante muitos anos foi ele que fez os nossos Carnavais.  Lembro-me dele com 13, 14 anos, como vocalista da banda do pai, a qual fez os Carnavais as 4 noites de Carnaval durante muitos anos. Pelo que me lembro aos 17, 18 anos rumou a Lisboa onde fez uma carreira que nada teve a ver com a musica brasileira que cantava. Namorei, brinquei e dançei ao som da voz do Beto durante a minha juventude.


Tenho a certeza de que hoje, primeiro Carnaval após a sua morte, será um momento dificil principalmente para o pai, ao relembrar todos estes momentos.






sexta-feira, 4 de março de 2011

Um beijinho para o Céu

Quando a minha tia Lúcia casou eu devia ter os meus 12 anos. Foi uma verdadeira festa. Toda a gente na familia teve direito a roupa nova , de modista, daquela que só se vestia uma vez nas festas e que apodrecia depois nos armários. A sensação de ir com a minha mãe escolher os sapatos ainda a guardo. Apaixonei-me imediatamente pelos sapatos e mala que a minha mãe comprou para a altura. Era a única irmã e era madrinha, queria portanto estar à altura....Lembro-me de andar em casa de um lado para o outro com a mala e sonhar com o facto de ter uma assim quando fosse grande.

O ano passado dei com a mala no sotão da minha mãe e pedi-lha. Dei-lhe um tratamento, porque afinal já lá vão trinta e tal anos.

O casamento da minha tia não vingou. A vida dela também não. Morreu aos 26 anos num acidente de viação. Mas a maleca cá está, com o seu ar retrô que eu adoro.

Sempre que saio com ela, lembro-me desse dia e principalmente da ligação que tinha com a tia mais divertida e estouvada que já alguém teve.. e o sorriso aparece.






quarta-feira, 2 de março de 2011

Aprendizagem



Ontem pediu para falar comigo...e pela primeira vez ouvi não o menino de 16 anos, mas sim o rapaz de 16 anos. Explicou-me que não gostava da área de estudo, que queria mudar, o porquê, tudo fundamentado e explicito. Não estava confuso. Era um passo medido, estruturado e certo, já. Explicou.me o que iria fazer e os passos que contava dar.
À medida que ele ia falando, vieram-me as lágrimas aos olhos. Contive-me.

Tudo o que eu lhe ensinara, estava ali. Depois da morte do meu irmão, prometi a mim mesma que a vida nunca teria para mim só uma estrada em linha recta, sem saídas. Para mim sempre será importante saber que posso tomar outro caminho, ver outras paisagens, parar sempre que quiser, ser feliz. Quando ele nasceu, foi a primeira coisa em que pensei; Estou cá para o ajudar, estarei sempre presente, mas se ele não souber que está na mão dele mudar a sua realidade, alterá-la e que o pode fazer sempre, sempre, nada poderei fazer nunca.

E aqui estava. O rapaz responsável para com a sua vida, a sua vontade, a sua felicidade, está a despontar. Tudo o que não nos faz feliz, deve ser alterado, sempre que possivel. Não serve de nada ir tapando e fazer de conta que não é nada. Nunca dá resultado.
É isto que está certo, o enfrentar, o procurar outras soluções. Procurar na estrada as placas de saída para outros destinos.

O meu menino cresceu. O que para outros pais seria problemático, é de certa forma para mim uma vitória. Consegui passar-lhe uma Ferramenta de vida, a melhor de todas elas.

Agora o que espero é conseguir aceitar e respeitar ao longo da vida todas as suas escolhas. Temos homem.

Alegria

A Primavera que aí vem é uma das Estações de que mais gosto (a outra é o Outono).
Adoro deixar a roupa de Inverno para trás, adoro poder passear pela praia já sem frio e adoro ver as minhas plantas a florir, a acordar novamente.
No meu viveiro estão algumas a proteger-se, mas a maior parte, abrem-se á chuva e ao vento, aos rasgos de sol e vão-se preparando para a mudança.



A minha laranjeira está enorme. Sem laranjas ainda, vamos ver no que dá! Os cravos que semeei, estão sem qualquer flor, mas tão bonitos!!


A minha hortênsia está já cheia de folhagem e até já tem flor a despontar. A roseira está bonita mas sem nada ainda.
Quanto à minha buganvilia tive de a cortar toda por causa dos pretendentes da Madalena. Os meninos apoiavam-se nela para subirem para o alto do muro e partiram-ma toda. Ela cresce depressa.