quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sinal de aproximação de menopausa (que palavra tão feia)


Lembro-me de em determinada altura da minha vida, olhar para a minha mãe, e pensar..."coitada, tão velha, já com 36 anos". O que estarei eu a fazer com esta idade? Serei feliz? estarei a fazer o mesmo que ela?.Não sei porquê, fixei os seus 36 anos.
A minha mãe é ainda hoje uma jovem de 67 anos, que adora feiras, conversar e contar anedotas. Mesmo com as coisas más que a vida lhe ofereceu, hoje vejo-a muito mais feliz do que alguma vez me lembro, até porque para ela a vida melhorou bastante económicamente, e isso faz toda a diferença em relação ao meu tempo de meninice.

Tudo isto para dizer que quando o meu ginecologista me disse que para saber como o meu corpo se comportaria na menopausa, bastaria fazer umas perguntinhas à minha mãe, porque geralmente é genético, eu ri-me.

Somos diferentes, como a agua do vinho. Vemos a vida com olhos diferentes, temos as nossas turras, porque eu embora me ache sempre com 18 anos, lá me lembro de vez em quando que afinal tenho 47, e portanto já posso e devo fazer as coisas pela minha cabeça. Esta última parte nunca se coaduna com o que ela espera de mim. Paciência.

Mas há uma coisa em que somos realmente iguais: o tipo de corpo. E ao saber que olhando para ela me estou a ver daqui a uns aninhos, está decidido. O jantar vai passar a ser chá verde, seguido de 1 hora de bicicleta estática e 300 abdominais diários. Além disso vou precaver-me contra os afrontamentos que foi a unica coisa de que ela se queixou. Parece que há uns medicamentos naturais que fazem maravilhas.

Está feito. Mulher prevenida vale por duas.



1 comentário:

  1. Realmente é incrível como o tempo passa.
    A minha mãe faleceu aos 32, e eu com 30 anos, vejo que ela afinal não viveu praticamente nada.

    Infelizmente não vou ter a quem perguntar esse género de coisas relacionadas com a menopausa, como também não tenho quem se lembre como é que eu própria era em pequena.

    Ás vezes brinco que secalhar não me daria bem com ela hoje em dia, (porque me acho demasiado parecida com ela), mas faz-me realmente muita falta uma mãe.

    Beijinho

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